Indicadores

As organizações medem praticamente tudo o que impacta os resultados, mas, estranhamente, muitas vezes evitam medir a inovação. De fato é difícil de medir, principalmente pelos valores de referência históricos são de valor limitado quando um produto não tem antecedentes e é difícil definir o valor futuro de uma ideia que existe apenas como conceito1. No entanto, não há como avaliar o desempenho do processo de inovação na empresa sem os indicadores corretos2. Portanto, os indicadores de inovação envolvem um conjunto de ferramentas e um sistema para medir a capacidade da inovação da organização3.

Os bons indicadores são derivados da estratégia da organização. Não há como definir os indicadores corretos sem vinculá-los aos objetivos estratégicos, ou seja, ao que ela estipula para a atividade de inovação. Três pré-requisitos para elaborar as métricas dos indicadores são importantes: alinhamento com a estratégia, começar com o disponível e ser o mais abrangente possível2.

Os indicadores também podem assumir funções estratégicas como comunicação, monitoramento e aprendizagem3. O crucial é saber o que se quer medir: resultados esperados, tipos de inovação, cadeia de valor, contexto interno2, comportamentos, patentes geradas, geração de ideias3, clima, liderança, insumos, etc.1.

Comumente usa-se um conjunto de indicadores para abranger áreas que um não alcança, como por exemplo ‘porcentagem de ideias apresentadas na organização que não estão alinhadas com os objetivos de inovação’3 (processo de inovação e estratégia de inovação). Contudo, não é recomendado ter muitos indicadores, apenas o suficiente para a gestão da inovação2,3, quanto mais indicadores, mais resultados para gerenciar3. “Qualquer que seja o indicador utilizado, o importante é aplicar os resultados. Não faz sentido medir algo e, depois, não aplicar os resultados para algum propósito”3.

1. Hamel, G. & Tennant, N. The 5 Requirements of a Truly Innovative Company. Harvard Business Review Digital Article 2–9 (2015). 2. Scherer, F. O. & Carlomagno, M. S. Gestão da Inovação na Prática. (Editora Atlas, 2016).3. Trías de Bes, F. & Kotler, P. A Bíblia da Inovação. (lua de papel, 2011).